Resultado da pesquisa (3)

Termo utilizado na pesquisa mortalidade embrionária

#1 - Embryonic mortality and abortion in goats caused by ingestion of Poincianella pyramidalis

Abstract in English:

This study aimed to characterize the embryotoxic, teratogenic and abortifacient effect of Poincianella pyramidalis in goats. Twenty pregnant goats with 18 days of gestation were divided into five groups of four animals each. After collection, the leaves of P. pyramidalis were dried in the shade and crushed. The daily feed provided to the goats was equivalent to 3% of their body weight, being 1% concentrated feed and 2% roughage. In Group 1 (control), the provided roughage was Cynodon dactylon (Tifton) hay; in Groups 2, 3 and 4, 10%, 20% and 80% of the C. dactylon roughage was replaced by dry and ground P. pyramidalis, respectively. In Group 5, all the roughage was replaced by green P. pyramidalis ad libitum, collected daily. Ultrasonographic examination was performed twice a week throughout the pregnancy. Goats in Groups 1, 2 and 3, delivered normal kids. Two goats in Group 4 aborted at 127 and 90 days of gestation. In group 5, three goats showed embryonic death at 25, 30 and 31 days of gestation and the other goat aborted at 39 days of pregnancy. Malformations were not observed. It is suggested that P. pyramidalis, which is very common in the semiarid region of northeastern Brazil, should be considered as an important cause of reproductive losses in this area. Due to its high palatability, it is important to avoid the ingestion of P. pyramidalis by pregnant and mating goats.

Abstract in Portuguese:

O objetivo deste trabalho foi estudar o potencial embriotóxico, abortivo e teratogênico da Poincianella pyramidalis em caprinos. Para tanto foram utilizadas 20 cabras prenhes com 18 dias de gestação, divididas em cinco grupos de quatro animais. Depois da coleta, as folhas de P. pyramidalis era secas a sombra e trituradas. A alimentação diária fornecida aos caprinos foi proporcional a 3% do seu peso vivo, sendo 1% de alimento concentrado e 2% de volumoso. No Grupo 1 (controle), o volumoso fornecido foi apenas feno de Cynodon dactylon (Tifton). Já nos Grupos 2, 3 e 4, 10%, 20% e 80% do volumoso foi substituído por folhas secas e trituradas de P. pyramidalis, respectivamente. No Grupo 5, todo o volumoso foi constituído por P. pyramidalis verde ad libitum, coletadas diariamente. Para o acompanhamento das gestações, exames ultrassonográficos foram realizados duas vezes por semana, durante toda a gestação. As cabras dos Grupos 1, 2 e 3 pariram cabritos normais. Duas cabras no Grupo 4 abortaram, sendo uma com 127 dias de gestação e outra com 90 dias. No grupo 5, três cabras apresentaram morte embrionária no 25º, 30º e 31º dia de gestação e uma cabra abortou no 39º dia de gestação. No presente estudo não foi observada nenhuma malformação. Com esses resultados e considerando a ampla difusão de P. pyramidalis na região semiárida do nordeste Brasileiro sugere-se que esta planta é uma importante causa de perdas reprodutivas na região. Devido a sua alta palatabilidade, recomenda-se evitar a permanência de cabras prenhes em áreas onde ocorre P. pyramidalis.


#2 - Embryonic death and abortion in goats caused by ingestion of Amorimia septentrionalis, 37(12):1401-1404

Abstract in English:

ABSTRACT.- Silva L.C.A., Pessoa D.A.N., Lopes R.G., Santos J.R.S., Olinda R.G. & Riet-Correa F. 2017. Embryonic death and abortion in goats caused by ingestion of Amorimia septentrionalis. Pesquisa Veterinária Brasileira 37(12):1401-1404. Departamento de Microbiologia Veterinária e Departamento de Patologia Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, Av. Universitária s/n, Bairro Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brazil. E-mail: layze.cilmara@hotmail.com Amorimia spp. are sodium monofluoroacetate (MFA) containing plants causing sudden death in ruminants. In a previous study, Amorimia rigida caused abortion in one of the five pregnant sheep that received the plant suggesting that it may cause reproductive losses. This work aimed to study the embryotoxic and fetotoxic effects of Amorimia septentrionalis in goats in the Brazilian northeastern semi-arid region. The effects of A. septentrionalis on pregnancy were studied in 16 goats, divided into four groups according to their gestational period. In Groups 1, 2 and 3 the administration of A. septentrionalis at the daily dose of 5g of leaves per kg body weight was started on the 18th, 36th and 93th days of gestation, respectively. Goats from Group 4 did not ingest the plant. When the goats presented severe signs of poisoning the administration of the plant was suspended. Groups 1, 2 and 3 ingested the plant for 7.25±2.87, 9.25±2.21 and 12.50±0.57 days, respectively. All the goats recovered 7-12 days after the end of the administration of the plant. In Group 1, all the goats had embryonic death 6.25±3.59 days after the end of the ingestion of the plant. In Group 2, three goats aborted at 53, 54 and 78 days of gestation. Two goats from Group 3 gave birth normally and the other two aborted at 114 and 111 days of gestation. It is concluded that Amorimia septentrionalis is a sodium monofluoracetate-containing plant that causes embryonic deaths and abortions in goats that ingest non-lethal doses of the plant.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Silva L.C.A., Pessoa D.A.N., Lopes R.G., Santos J.R.S., Olinda R.G. & Riet-Correa F. 2017. Embryonic death and abortion in goats caused by ingestion of Amorimia septentrionalis. [Mortalidade embrionária e abortos em cabras causados pela ingestão de Amorimia septentrionalis.] Pesquisa Veterinária Brasileira 37(12):1401-1404. Departamento de Microbiologia Veterinária e Departamento de Patologia Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, Av. Universitária s/n, Bairro Santa Cecília, Patos, PB 58700-970, Brazil. E-mail: layze.cilmara@hotmail.com Amorimia spp. são plantas que contém monofluoroacetato de sódio (MFA), responsáveis por causar morte súbita em ruminantes. Em estudo prévio, Amorimia rigida causou aborto em uma de cinco ovelhas prenhas que receberam a planta, sugerindo que pode causar perdas reprodutivas. Este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos embriotóxicos e fetotóxicos de Amorimia septentrionalis em caprinos na região semi-árida nordestina brasileira. Os efeitos de A. septentrionalis na prenhez foram estudados em 16 cabras, divididos em quatro grupos de acordo com seu período gestacional. Nos grupos 1, 2 e 3 a administração de A. septentrionalis foi diária, na dose de 5g de folhas por kg de peso corporal, iniciada nos dias 18, 36 e 93 da gestação, respectivamente. As cabras do grupo 4 não ingeriram a planta. Quando as cabras apresentavam sinais severos de intoxicação suspendia-se a administração da planta. Os grupos 1, 2 e 3 ingeriram a planta por 7,25±2,87, 9,25±2,21 e 12,50±0,57 dias, respectivamente. Todas as cabras se recuperaram 7-12 dias após o final da administração da planta. No grupo 1, todas as cabras apresentaram quadros de mortalidade embrionária 6,25±3,59 dias após o término da ingestão da planta. No grupo 2, três cabras abortaram aos 53, 54 e 78 dias de gestação. Duas cabras do Grupo 3 deram à luz normalmente e as outras duas abortaram aos 114 e 111 dias de gestação. Conclui-se que Amorimia septentrionalis é uma planta que contém monofluoroacetato de sódio e pode ocasionar mortes embrionárias e abortos em cabras que ingerem doses não letais da planta.


#3 - Malformations, abortion, and embryonic death in sheep caused by the ingestion of Mimosa tenuiflora (Leguminosae)

Abstract in English:

To determine the teratogenicity of Mimosa tenuiflora, 15 sheep, divided into two groups, were introduced into an area invaded by the plant. Group 1 consisted of six pregnant ewes that were introduced into the experimental area 20 days after mating. Group 2 consisted of nine non pregnant sheep and a ram introduced into the area at the start of the experiment. The experiment began in October 2009, during the dry season, when M. tenuiflora was seeding. During this period the M. tenuiflora plants were pruned to 40cm tall and the branches with leaves and seeds were provided to the experimental sheep in the same area. After prunning M. tenuiflora began to sprout even in the dry season, and the sheep were free to graze the plant. They also received concentrate ration in amount equivalent to 1% of their body weight. After the first rains in mid-January 2010, when the herbaceous layer appeared, the pregnant sheep were confined in stalls, and M. tenuiflora was cut in the field and given to the sheep until the end of the experiment. Every 15 days each sheep was examined by ultrasound to control pregnancy. In Group 1, three sheep aborted single fetuses without malformations. One sheep delivered two lambs, one with hyperflexion of the proximal inter-phalangeal joint of the right forelimb and another without malformations. Another sheep delivered a lamb with a hyperflexion of both hindlimbs in the region of the tarsal-metatarsal joint. Only one sheep delivered a normal lamb. In Group 2, one sheep aborted a fetus without malformations and five delivered normal lambs. Three sheep of this group returned to estrus repeatedly and did not get pregnant during the mating period, suggesting embryonic loss. Thirty two ewes and one ram, that stayed in a paddock neighbor to the experimental paddock and were used as control group, delivered normal lambs. It is concluded that M. tenuiflora cause malformations, embryonic mortality and abortion in sheep.

Abstract in Portuguese:

Para determinar a teratogenicidade de Mimosa tenuiflora, 15 ovelhas, distribuídas em dois grupos, foram introduzidos em área invadida pela planta. O Grupo 1, com seis ovelhas prenhes, foi introduzido na área experimental 20 dias após o acasalamento. O Grupo 2, formado por nove ovelhas não prenhes e um carneiro, foi introduzido na área experimental no início do experimento. O experimento começou no mês de outubro de 2009, período de estiagem, quando M. tenuiflora estava sementando. Nesse período as plantas foram rebaixadas a 40 cm de altura e os galhos com folhas e sementes foram disponibilizados para os ovinos na mesma área onde M. tenuiflora foi rebaixada. M. tenuiflora começou a rebrotar ainda na estação seca antes do período de chuvas. No período de rebrota, as ovelhas ficavam livres para pastar M. tenuiflora e recebiam concentrado em quantidade equivalente a 1% do peso vivo. Após as primeiras chuvas, em meados de janeiro do ano seguinte, quando o estrato herbáceo apareceu, essas ovelhas foram confinadas em baias, onde M. tenuiflora foi fornecida até o fim do experimento. A cada 15 dias eram realizados exames ultrassonográficos para acompanhamento da gestação. No Grupo 1, três ovelhas abortaram, cada uma um feto sem malformações. Outra ovelha pariu dois cordeiros, um com hiperflexão na articulação inter-falangeana proximal no membro torácico direito e outro sem malformações. Outra ovelha pariu um cordeiro com hiperflexão dos dois membros pélvicos na região da articulação tarso-metatársica. No grupo formado pelas ovelhas que foram acasaladas na área experimental, uma ovelha abortou um feto sem malformações e cinco pariram cordeiros normais. Três das ovelhas desse grupo não emprenharam durante todo o período experimental, mostrando retornos repetidos ao cio, sugerindo perda embrionária. Trinta e duas ovelhas e um carneiro, que permaneceram numa área vizinha a área experimental e foram utilizados como controle, pariram cordeiros normais. Conclui-se que M. tenuiflora, além de causar malformações causa, também, mortalidade embrionária e abortos em ovelhas.


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